sexta-feira, 31 de maio de 2013

Primeiras Impressões - Kingdom Hearts (mangá brasileiro) [aka: PRA QUÊ, JESUIS!?]


Pois é, nem eu acreditei quando o vi nas bancas pela primeira vez. Eu fiquei, tipo, "PQP, KINGDOM HEARTS FOI LANÇADO NO BRASIL!!!1UM1!!!"... até eu estranhar a editora do mangá. Não se trata nem de uma publicação da JBC ou da Panini ou da Sampa ou da NewPop ou de qualquer uma das editoras que normalmente publicam mangás, mas sim da editora Abril. É, ela mesma, a mesma editora que publica revistas desde a IstoÉ até a Playboy, agora publicando mangás... depois de me irriquietar um tanto com o fato, descobri que, por ter personagens da Disney em Kingdom Hearts, ela teria automaticamente os direitos para publicá-lo sem nenhuma argumentação uma vez que ela é a detentora dos direitos de publicação de qualquer coisa impressa que tenha o logo Disney no meio, e foi assim que nasceu o maior problema da minha vida.

Mas você deve estar se perguntando "Mas por quê, Out? A Abril é uma editora conceituada e com trocentos milhares de funcionários para garantir uma boa adaptação, tanto na qualidade do papel quanto na qualidade da tradução". De fato ela tem capacidade para isso, mas a situação é pior do que se pode imaginar. E olha que isso vem da boca de um fã da série.

O visual do Squall (Leon) Leonheart, de Final Fantasy VIII, ficou bom... uma pena que só em algumas partes o traço do mangaká fica bom assim...
A qualidade do mangá não tem nada de mais se comparado com a qualidade da Panini e diria que até um pouco abaixo, mais ou menos no padrão da Nova Sampa (Hitman matador por acaso, Yakuza Girl e o grande mangá de Ikkitousen, que apesar de algumas falhas, valeu a minha análise e no final das contas vale a pena comprar), só que com preço de mangá mais caro que a JBC: R$ 12,00. Só que essa diferença de preço não é vista em lugar nenhum do mangá, e como a Abril já tem contrato com a Disney, duvido muito que seja devido a encargos do autor do mangá ou da editora original japonesa.

E logo ao abrir o mangá do seu jeito convencional, você abre justo nos créditos de tradução e localização do mangá... mas, ué? Eu tenho certeza que eu abri da direita para a esquerda... ah, não acredito... depois de tanto tempo lendo mangá, tenho que me reacostumar a ler da esquerda pra direita! Mas que ódio! Pra que isso? Quantas vezes eu tenho que dizer que não é pra mexer na diagramação original do mangá, até a JBC que fazia isso com seus primeiros mangás mudou de ideia e voltou atrás... bom, após abrir do jeito certo, há um breve prefácio dizendo um pouco (bem pouco mesmo) da franquia e um resumo (bem meia-boca) sobre mangás e HQs em geral, com direito a várias frases clichês como "O sucesso deste projeto tem algo de... mágico" ou "Agora é a hora de Sora, o protagonista, enfrentar o maior desafio da sua vida"... só que eles se justificam falando que este é o sentido original de publicação da obra... vocês escaparam do meu rage reaction por pouco, mas ainda assim é algo que não consegui me acostumar e que diversas vezes vi as cenas na ordem errada por causa disso.

A história em si é virtualmente a mesma do Kingdom Hearts original (com algumas encurtações, claro): Sora, Kairi e Riki estão juntos numa ilha e pretendem explorar o que há além dela construindo uma barca. Entretanto, quando a barca deles ficam pronta e eles decidem partir no dia seguinte, ocorre uma tempestade, e quando Sora sai para verificar se suas barcas não estão sob perigo, ele encontra Riki, estranhamente envolto por sombras e fazendo uma proposta confusa para Sora. Depois de um desenrolar bem intenso e cheio de coisas acontecendo, Sora acaba por ser escolhido como o portador do diário do futuro da Keyblade, uma arma misteriosa em formato de chave, e acaba por parar na cidade de Traverse Town, um "ponto de encontro entre mundos diferentes", e lá eles vão encontrar Pato Donald e Pateta, que estão a procura do rei, Mickey Mouse. Sora, um tanto confuso e relutante, acaba por se juntar a eles para uma viagem para diversos mundos em sua busca, visitando os universos de várias séries da Disney no caminho. A história no começo é enrolada mas tem os seus momentos épicos que fazem valer tudo a pena, além de misturar brilhantemente o crossover da história principal com várias séries da Disney. Infelizmente, enquanto o enredo é bom, o mangá consegue piorá-lo e fazê-lo massante para o leitor.

O passo do mangá é tão rápido que não dá pra entender muita coisa mesmo, muito pelo contrário de como acontece no jogo.
 Primeiramente, vem o passo em que a história é contada. Eu sei que não dá pra caber tudo de um RPG de 50+ horas em míseros 4 volumes de mangá de 130 e poucas páginas (... espera, 12 reais pra 130 páginas sendo que os títulos da Panini e JBC são mais baratos e vem quase 50% a mais em páginas? Pode isso, Arnaldo?), mas é tudo tão confuso. E pra piorar, a história se divide em vários cápitulos super curtos, de menos de 10 páginas cada um, e pra cada transição de capítulo usam-se 2 páginas para um desenho bem simples até. Ou seja, você tá pagando relativamente caro (em comparação com outros mangás de outras editoras) pra ter efetivamente umas 110~105 páginas de história corrida à beça... decepcionante? Que isso irmão, o buraco é mais embaixo.

A arte do mangá tenta misturar traços característicos com traços de histórias em quadrinhos. Tem horas que isso dá certo, mas aqui não desce. Vários erros de proporção nos personagens no decorrer das cenas (isso não considerando quando os "erros" são propositais) não compensam os raros quadrinhos em que aparecem cenas mais bonitas ou detalhes em batalhas mais elaboradas. Eu sei que é difícil para alguém desenhar e bolar o roteiro de uma história ou adaptação para mangá, mas bem que o mangaká poderia contar com a ajuda de mais alguns assistentes mais críticos, pois a impressão do mangá é que ele saiu nas pressas e nas coxas.

Por fim, tem a tradução dos diálogos e demais textos. Há algumas coisas que são debatíveis, como deixar o nome de Keyblade e os nomes da magia, algo que eu particularmente concordo (apesar de não explicarem, ou pelo menos tentarem, o nome da Gummiship), e seja lá quem foi o editor responsável pela edição de imagens fez um trabalho bem bonito traduzindo onomatopéias e efeitos sonoros para o português ao invés de deixar em japonês com o equivalente em português embaixo (né, JBC? Se bem que a culpa não é sua, eu até prefiro que deixem o original, mas cá convenhamos que é um trabalho chato e que deve ser adimirado), mas a tradução em si parece algo mecânico demais, como se eles pegassem os diálogos originalmente japonês, traduzisse no Google Tranlator e dar uma leve maquiagem para não deixar muito na cara. Erros de ortografia ou morfológicos são raros, eu particularmente não achei nenhum, mas as falas dos personagens são muito robóticas e sérias, e poxa, Sora e o pessoal são crianças praticamente, poderia afrouxar as rédeas da revisão dos textos e deixar algo mais em dia com os padrões atuais coloquiais, assim como, novamente, a Panini e a JBC fazem, mesmo que cada uma com seus jeitos próprios. Isso é algo que faz perder a "magia" do mangá, tira a emoção quando é pra ter e tira a graça quando é implícita.

Ah, essa batalha...
*hah*
Sabe, é complicado fazer uma primeira impressão assim. Pelo lado técnico, o mangá é um fracasso overpriced, mas por outro, é uma franquia que eu gosto e até me sinto culpado por estar escrevendo tão mal de algo baseado numa franquia que eu gosto tanto e que marcou minha infância. Fico dividido nisso, mas no final das contas a realidade vem à tona: não tem como eu me apegar de novo à série com uma adaptação dessas. Toda a magia que a Square Enix colocou no jogo original não está presente aqui, e no lugar, algo que tem um começo promissor mas logo fica confuso e querendo se tornar algo que o jogo não é: chato e mal planejado.

Eu acho que depois da minha compra do mangá de Mirai Nikki, a compra de Kingdom Hearts brasileiro foi uma das piores decisões econômicas que eu tomei nesse ano. Por mais que seja só "12 conto" e que nem se compara com o tanto que eu pago quando taxam algo meu na alfândega, esse mangá foi praticamente uma enganação. Pelo que se dá a entender, a editora Abril vai publicar mais mangás da série no futuro, uns que contam com o sentido original de leitura de mangás e, pelo menos eu espero, com melhor qualidade e um preço melhorzinho, mas até lá, minha recomendação é não comprar esse mangá! (exceto se você estiver acostumado a ler gibis da série e está procurando algo a mais do que simplesmente histórias simples para passar o tempo).

Bem, essa foi mais uma Primeiras Impressões do blog. A dica está dada!
Out.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Koiken Otome - em 5 meses, um projeto de tradução

Cabelos vermelhos, magia de fogo, e o nome é Akane. Se inspirou em Vividred Operation?
Você pode não saber, mas um dos temas que os japoneses mais adoram são os de fantasia. Exatamente, desde personagens que usam "poderzinhos" até os roteiros mais bizarros que você pode imaginar são os prediletos entre eles, e não é à toa que séries de Mahou Shoujo (Madoka Magica, Lyrical Nanoha) e paranormais (Steins;Gate, Chaos;Head, VNs de Saya no Uta e Princess Waltz) foram marcantes para eles, tanto nas vendas quanto na fanbase que perdura até hoje desses jogos e séries que deram origem a tantas outras.

Koiken Otome é um jogo no estilo de pesonagens com poderzinho mesmo. Produzida por uma empresa um tanto desconhecida chamada Eufonie, subsidiária de outra também não tão conhecida, a Etude, mas que conseguiu incentivar alguém aqui no ocidente para montar um grupo de tradução por fãs recentemente no fórum Fuwanovel, um dos maiores fóruns de visual novels (se não o maior) da atualidade.


O grupo se chama Defendos, que basicamente começou com um membro do fórum com interesse o suficiente para dar o chute inicial para o grupo, e assim que o pessoal começou a se aprofundar no jogo e perceber que ele tem uma arte muito bem feita, uma história promissora e uma boa interface de menus, apareceram hackers e tradutores interessados em entrar para o grupo e ajudar na tradução, que inclusive já começou a traduzir um pouco e tem algumas CGs e informações adicionais para mostrar aqui (link em inglês).

Algo que me impressiona, para se dizer o mínimo. Ao procurar saber mais do jogo, descobri que o jogo foi lançado no final de Dezembro do ano passado, pouco mais de 5 meses antes da data desta postagem, o que é impressionante saber que ainda há pessoas (que sejam americanas) que conseguiram, em tão pouco tempo, saber do jogo, se interessar, importá-lo e jogar consideravelmente (considerando que ele sabe japonês e que não ficou dando skip até chegar pras cenas 18+, né) a ponto de crescer um amor tão grande ao jogo e suas heroínas para decidir montar um corajoso grupo de tradução para o mesmo.

Sério, a Yuzu é uma das personagens que sozinha me deixou interessado no jogo =3
Repleto de personagens muito bem desenhadas, CGs que impressionam de tantos efeitos especiais e aparentemente um jogo de duração bem longa comparado com a média das visual novels que estão sendo lançadas recentemente, é um jogo que, no mínimo, tem cara de ser bem bacana. O jeito é esperar para ver se a tradução não vai demorar tanto (o que provavelmente não deve acontecer, uma vez que grupos de tradução americanos traduzem bem rápidos em comparação com os de outros países) para que a gente possa pôr as mãos nele e experimentar por nós mesmos, né? xD

Se, por acaso, o projeto também o interessou, eles ainda estão recrutando tradutores de japonês para inglês, então, se o seu conhecimento (e coragem) forem grandes o suficiente, você pode arriscar falar com eles para ajudá-los... mas sofrerá a maldição eterna de Out por não estar ajudando o nosso grupo ao invés disso.

Eu vou fincar essa espada tão fundo em você que você nunca mais vai se levantar! (*no sexual pun intended)
E eu fico por aqui. A gente se vê!
Out.

sábado, 25 de maio de 2013

Análise [9] - Corpse Party: Book of Shadows - O Medo nunca foi tão viciante

Lembra quando falavam que era perigoso passar cerol na linha da sua pipa?... então...
Visual novels all-ages geralmente têm fama de serem "pra criança" ou com "história bobinha" e sem nenhum atrativo aparente para os fapeiros de plantão. Bom, quem já jogou jogos da Key recentemente (Rewrite, Clannad, Little Busters sem ser versão Ecstasy) sabem que isso nem de longe é verdade, mas se você ainda acha que ela é exceção, pense de novo.

Corpse Party foi um jogo lançado originalmente para PC-98 (sério, tanto que é raríssimo encontrar o jogo original) e que acabou caindo meio que na escuridão com seu estilo RPG de jogo misturando elementos de medo e terror nele, inspirando-se bem em clássicos do gênero como Clock Tower e Alone in the Dark. Muito tempo se passou até que a Team Grisgris resolveu fazer um reboot da série em 2009 com o apoio da 5pb, chamado Corpse Party: Blood Covered, inicialmente sendo lançado por capítulos e para PC, mas que mais tarde ela conseguiu lançar uma compilação de todos os capítulos do jogo para o PSP e com mais alguns extras como CGs e cenários bônus, reentitulado-o como Corpse Party: Repeated Fear (ou simplesmente Corpse Party aqui no ocidente). O nível de qualidade do jogo foi tão surpreendente que a Xseed, a mesma empresa que localizou Legend of Heroes, Wild Arms e Lunar: Silver Star Harmony para o inglês, se interessou em localizar o jogo e obteve o doce deleite de ver uma fan-base se expandindo por aqui, bem como um bom número de vendas e até mesmo o apoio da própria Sony na divulgação do jogo.

O segundo jogo da série, Book of Shadows, será o jogo analisado desta vez. Vale lembrar que, se você não jogou o primeiro jogo para PSP (que também possui tradução para o inglês), pode ficar meio perdido no jogo, mas não tema, nada está tão perdido... apesar de recomendar seriamente jogar o primeiro jogo para não sofrer spoilers desnecessários ao jogar este jogo.

Sem mais delongas, vamos à análise!

História e Rotas

O jogo começa a partir de um dos wrong ends do jogo anterior, onde Mochida Satoshi consegue escapar da escola amaldiçoada de Heavenly Host por um triz, mas que acaba por descobrir que ele na verdade voltou no tempo um dia antes da sua sala fazer o ritual do "Sachiko para sempre". Ele tenta em vão convencer seus colegas a não fazer o ritual, mas no último instante ele decide participar para evitar que algo pior aconteça com eles. Assim, mais uma vez, Satoshi, Naomi, Seiko, Ayumi, Yoshiki, Morishige, Yuka, Mayu e a professora Yui vão para o colégio assombrado de Heavenly Host, mas, ao invés de reviver os mesmos cenários do jogo anterior, eles tentam se desvencilhar de seus destinos, mas mal eles sabiam que resistência é inútil nesta dimensão.

Apesar de ter alguns cenários alternativos em relação ao jogo anterior, o jogo não se passa de alguns cenários alternativos (os famosos what-if) caso a história continuasse a partir deste wrong end específico do jogo anterior, mas por sorte, ele também conta com outras side-stories de outros personagens, como a história da Yui e sua ida para Heavenly Host e até um capítulo onde explica-se (bem superficialmente) o motivo da Naho mandar pessoas para lá, além de arcos de estudantes de outras escolas que ficaram presos e deveriam enfrentar os mesmos obstáculos dos estudantes da Kisaragi Academy.

O jogo é dividido em 7 capítulos, cada um focando em um grupo específico de personagens, além de um capítulo secreto, que é um prólogo ao próximo jogo, curiosamente entitulado Blood Drive (também o título do próximo jogo da série), que conta a história de Naomi e Ayumi após elas escaparem de Heavenly Host (desta vez, após o True End do jogo anterior) e em sua busca para tentar reviver seus amigos mortos e descobrir de uma vez por todas porque aquela escola amaldiçoada existe. Alguns capítulos são mais frenéticos que outros, mas todos são, sem dúvidas, muito emocionantes e com seus momentos tensos, macabros, sanguinolentos e arrepiantes.

Traços, Trilha Sonora e Animação
Você também conhecerá novas personagens neste jogo, umas até familiares caso tenha jogado os capítulos extras do jogo anterior.
Os traços do jogo é algo bem familiar caso você já tenha jogado o jogo anterior, exceto que, desta vez, o jogo só tem CGs ao invés de uma engine de RPG 2D como nas partes de exploração do primeiro jogo. Se você já jogou algum jogo da série Sherlock Holmes (para PC, claro, sem comparar com as versões para consoles que são em 3D e tudo) ou algum jogo de investigação no Facebook, é nesse estilo, mas por se tratar de um jogo oriental, os personagens e cenários têm um toque mais "animesco", se parecendo bastante com as CGs de uma visual novel comum mas sem o número esdrúxulo de detalhes que as VNs mais recentes exibem. De um jeito ou de outro, o visual continua sendo muito bem desenhado, tanto para os personagens já familiares quanto para os personagens não-tão familiares que aparecem no decorrer do jogo.

A trilha sonora está consideravelmente melhor que a do jogo anterior, incluindo novas músicas e até algumas remixagens de algumas músicas do jogo anterior. Temos muito mais músicas que botam medo e até algumas para os momentos mais tranquilos do jogo. Indo de músicas suaves com flautas até pizzicatos insanamente rápidos e desordenados, de peças de música clássica até batidas frenéticas de um rock dos anos 2000, com certeza vai ter uma música que você vai acabar gostando muito (especialmente nos últimos capítulos do jogo), além das poucas músicas cantadas, as insert songs, no jogo.

A animação pode não ser algo surpreendente para uma visual novel convencional, mas de uma coisa eu vou ter que mencionar aqui: a dublagem está AINDA MELHOR! O áudio continua em sua gloriosa forma japonesa, mas temos um número absurdo de vozes tanto para personagens principais quanto para os personagens de outras escolas que você encontra no meio do caminho. Desta vez, ao invés de apenas pronunciar os diálogos dos personagens, há também a "narração" dos pensamentos do personagem controlado (assim como ocorre em, digamos, jogos de Ore no Imouto e a versão para Xbox 360 de Clannad), transmitindo a sensação de medo ainda melhor para o jogador, tanto nos momentos desesperador esdos personagens quanto nos seus gritos e urros em seus wrong ends. Não digo que são todos os textos que são dublados, mas a grande maioria que não inclua descrição de objetos estão lá.

Opinião
Jogos Mortais em formato VN? Mais foda que isso!
Olha, minha opinião pode estar meio viciada por eu ser um grande fã da série (que no começo eu não botava a mínima moral), mas acredite se quiser, mesmo se esse fosse o primeiro jogo da série que eu tivesse jogado, duvido que a minha experiência com ele fosse tão menos ou mais emocionante. Como fazia bastante tempo desde quando eu completei o jogo anterior da série, haviam várias coisas que eu não estava lembrado, tanto na parte de spoiler quanto na parte não-spoiler (que a Yui já tinha sobrevivido à Heavenly Host, por exemplo, que mais tarde fui verificar que é um dos primeiros diálogos dela), e mesmo assim o jogo te dá uma luz sobre alguns acontecimentos-chaves que ocorreram no jogo anterior, apesar de que eu sinto um falta de uma recapitulação própria dos acontecimentos do jogo anterior ou de um index sobre alguns termos e personagens.

Sobre Book of Shadows, confesso que tive que me acostumar com o jeitão do jogo, que por mais que ele seja de exploração livre como no jogo anterior, ele se dá de maneira diferente. Ao passo que antes você podia caminhar livremente pela Heavenly Host, agora você apenas visita determinados lugares (na ordem que bem desejar), como alguns blocos dos corredores, as salas de aulas e demais espaços. Vários dos lugares que tinha no jogo anterior estão aqui presentes, mas chega a ser um tanto frustrante você acabar perdendo uma pista por passar reto uma sala ou não ter inspecionado direitinho um determinado laboratório e acabar preso num wrong end por causa disso, mas isso é algo que você, forçadamente ou não, deverá se acostumar, já que, assim como o jogo original, há partes do jogo onde simplesmente escolher a opção correta não significa que você obterá o true end do capítulo, algo bem único para visual novels e que é difícil de explicar sem me prolongar muito.

Sobre a história, ela me decepcionou um tanto, com exceção de alguns poucos (e o último) capítulos. De fato, há capítulos em que explica algumas coisas que o jogo anterior não explicara, como o motivo da Naho colocar o ritual em seu blog ou de como Yui sobreviveu sua primeira vez em Heavenly Host, mas há também capítulos que não fazem o menor sentido, como o próprio capítulo da Yui (a maior parte deste é monótono e superficial) e de capítulos que não falam da história dos alunos do colégio Kisaragi diretamente., fora ainda deixar em branco algumas explicações, como o motivo da Naho não se livrar da Sachiko ou de como a nova realidade alternativa se liga com a história. Ao mesmo tempo que ele compensa isso com um pouco de história dos personagens, ele falha em dar um sentido verdadeiro a esses capítulos, algo que pode ser desconcertante.

Apesar disso, tem uma coisa bem bacana quando se trata de escolhas e inspecionar salas, pois uma nova adição ao jogo foi o medidor de "darkening", onde, dependendo do que você inspeciona ou de suas escolhas no decorrer do jogo, o seu medidor darkening pode aumentar muito ou pouco (nunca diminuir!), e dependendo do nível de darkening, você pode começar a ver alucinações e até mesmo conseguir um wrong end se o seu medidor atingir um nível muito alto (ou mesmo 100%, onde acontecem cenas bem interessantes). Se você já jogou Eternal Darkness, você sabe do que estou falando. Além disso, há certos easter eggs e cenas adicionais que podem ser obtidas dependendo do nível de darkness atingido, e até mesmo outras que só podem ser vistas (incluindo outros wrong ends) após terminar o capítulo, o que eleva o fator replay exponencialmente e deixa você facilmente preso ao jogo de uma maneira impressionante.

E falando em fator replay, o jogo sabe muito bem como recompensar o jogador com praticamente qualquer coisa que ele faça, algo incrível para uma visual novel, ainda mais de PSP. Conseguiu o wrong end do capítulo? Sem problemas, pois para habilitar o último capítulo do jogo, você deverá encontrar todos os wrong ends de todos os capítulos, algo que o jogo indica com boa clareza (exceto caso você tenha um save do jogo anterior). Conseguiu o true end? Você habilitará comentários dos dubladores (com direito a legendas em inglês!) sobre o capítulo que você jogou, a experiência deles ao narrar seus respectivos personagens e muitas outras coisas, além de, claro, habilitar o próximo capítulo para jogar. Está empacado em um capítulo? Você pode tentar, enquanto procura o jeito certo de passar o capítulo, cadáveres de outros estudantes que ficaram presos em Heavenly Host, cujas causas-mortis podem dar dicas de como passar de uma determinada parte, além de poder encontrar mensagens escondidas e reações diferentes ao inspecionar um mesmo objeto várias vezes. Mesmo se você pegar todos os items necessários para passar de uma determinada parte, dependendo da ordem que você pegue ou dependendo de quais lugares você visita com eles, você pode abrir CGs novas ou diálogos extras entre personagens. Para os complecionistas de plantão, este jogo é um prato cheio!

Veredito Final
O Book of Shadows existe mesmo, não é apenas um nome "bonito" para uma sequel, não...
 Pontos Fortes 
      *Jogo extremamente viciante
      *Atmosfera do jogo é excelente
      *Dublagem e trilha sonora melhoradas
      *Número de CGs e extras habilitáveis
      *Explicação de várias coisas que o jogo anterior deixou em aberto
      *O último capítulo do jogo

 - Pontos Fracos
      *Alguns capítulos pareceram desnecessários
      *Falta de um index ou lista de descrição e história dos personagens
      *Algumas localidades do jogo anterior não estão presentes
      *A falta de uma continuação direta dos acontecimentos do jogo anterior (exceto no último capítulo)

Nota: 8,5/10

Opinião final: Em comparação com a anterior, ela consegue surpreender ainda mais o jogador, deixando ele com ainda mais medo e fazendo despertar nele ainda mais o senso de investigação, de curiosidade em inspecionar tudo que ele pode, todos os lugares e descobrir todas as minúscias.

Para o jogador novato, ele pode ter um pouco de dificuldade em entender o jogo no começo por alguns fatos parecerem estranhos e sem explicação, mas uma vez que ele consiga pegar o jeito, ele vai querer entrar de cabeça no universo da série. O jogo não conta apenas com escolhas certas ou escolhas erradas, apesar de terem algumas escolhas que instantaneamente resultam em wrong ends, mas nada disso é injusto. Pistas estão em toda parte, alguns espíritos dão dicas e até items valiosos para a sua jornada (uns que inclusive previnem alguns wrong ends), cartazes espalhados na escola têm um fundo de verdade nas suas palavras, e sempre é bom usar o (extenso) backlog do jogo para relembrar dos diálogos dos personagens, muitos dos quais também dão dicas e pistas em alguns puzzles do jogo, além de poder, em último caso, usar o raciocínio lógico para fazer a escolha certa.

Resumindo o resumo, independente de você já ter jogado uma visual novel na sua vida ou não, Corpse Party: Book of Shadows é um ótimo jogo para se começar. Por apenas 20~30 dólares dá para você comprá-lo para o seu PSP ou Vita, rendendo facilmente 20 horas de jogo apenas para conseguir os true ends dos capítulos e dando brecha para uns momentos de exploração e wrong ends ocasionais. Caso queira ver Blood Drive (e acredite, você VAI querer, por ser um prólogo do próximo e último jogo da série), pode acrescentar umas 5~10 horas nisso aí, e se ainda quiser obter todos os cartões de identidade dos estudantes mortos e as CGs extras para "platinar" o jogo, o caminho é ainda mais longo. Seja apenas para matar o tempo ou para uma nova e intrigante história de se conhecer, este jogo é para você, e como está em inglês tudo bonitinho, eu não perderia esta chance!

Olhou pra trás, morreu!
E com isso terminamos mais uma análise de visual novel. Eu fico por aqui, e até a próxima!
Out.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Tem gente da Nitro+ trabalhando em jogo de Shingeki no Kyojin (Attack on Titan)! Aí tem, hein!


Antes que o pessoal se anime demais, cuidado. Gente da Nitroplus trabalhando no jogo de Shingeki no Kyoujin não quer dizer que ela estará fazendo uma visual novel da série... mas é algo bem próximo disso.

Confuso? Bom, a história é que, no Japão, vários Blu-Rays de edições limitadas de certas séries costumam vir com os mais diversos brindes que você possa imaginar, desde artbooks exclusivos até jogos de limitadíssima produção. Os Blu-Ray números 3 e 6 da série de ação de Hajime Isayama terão versão exclusiva (e bem limitada) que incluirão visual novels originais da série, e como acabou vazando depois de tanto fuçarem e entrevistarem, descobriram que Gan Saaku (script do anime Suisei no Gargantia e um dos escritores da visual novel Guilty Crown) estaria desenvolvendo alguns cenários do jogo, enquanto Jin Haganeya (escritor de Deus Machina Demonbane) estaria cuidando no desenvolvimento do jogo em si.

A notícia encheu os corações dos fãs e deixou todo mundo em delírio (mesmo grande parte dos fãs, brasileiros, ainda não saberem o que é uma visual novel direito), mas que fique bem claro: não é um jogo da Nitroplus! A empresa declarou oficialmente que ela não se envolve diretamente (no sentido de colocar sua equipe no desenvolvimento de uma obra própria) com o desenvolvimento de visual novels de Blu-Rays de série alguma, mesmo tendo alguns de seus membros envolvidos no projeto, algo não raro no mundo das visual novels (basta lembrarmos de Rewrite, que reuniu escritores da 07th Expansion e o escritor de Cross+Channel, que não têm qualquer relação direta com a Key).


A notícia de certa forma é uma pena, uma vez que a Nitrplus tem parceria com a JAST USA, dando aí um ótimo de um potencial para lançar o jogo traduzido, mesmo que fosse algo pra daqui a 2 ou 3 anos. De um jeito ou de outro, não me surpreenderia caso o jogo caísse na internet (o que eu tenho quase certeza que vai poucos dias após o lançamento) e caso tivesse algum grupo de fan-translation que juntasse uns fãs para traduzir o jogo. De um jeito ou de outro, se tem gente da Nitroplus envolvida, podemos ficar tranquilos de que será um ótimo jogo, apesar de ainda sentir um tanto desconfortável por ser um jogo exclusivo de edição limitada, ao invés de um jogo comercial com maior acesso...

O anime Shingeki no Kyojin está sendo produzido pelo estúdio Production I.G. (Blood +, Guilty Crown, Robotics;Notes) e que lançou na temporada de Abril de animes deste ano, liderado pelo diretor Tetsuro Araki, mesmo diretor de Death Note, Highschool of the Dead e Guilty Crown. A série foi originalmente publicada como mangá na Bessatsu Shounen Magazine em 2009, com o seu primeiro tankobon em 2010. Atualmente a série conta com 10 volumes de mangá, um live-action anunciado para o final do ano, e nem preciso dizer que os fãs estão implorando que a JBC ou a Panini tragam este mangá para cá, né? Só espero que, se eles forem trazer, que não demorem trocentos anos para aproveitar o impulso do anime atualemente, assim como a JBC perdeu o embalo e acabou não se interessando em localizar as light novels de Sword Art Online para cá... tsc, perderam uma oportunidade e tanto, viu.

Bom, o post termina aqui. Saiu mais tarde que o de costume, mas espero que estejam anciosos para o jogo enquanto o anime chega na sua parte mais emocionante ^^
Out.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Xbox One - Um console, uma nova geração, um novo conceito


Esse pode não ser o fim de uma geração de jogos eletrônicos, mas é a transição de uma. O videogame, antes coisa para hipsters e viciados, que tantas vezes (e ainda é) chamado de coisa do capeta ou de percursor da violência nas pessoas, está mudando de conceito. Algo que antes servia apenas para o passatempo trivial após um longo dia de serviço ou depois de finalmente chegar o fim daquela sexta-feira de tarde com aula daquele professor pé-no-saco, agora serve para fazer isso e muito mais, cada vez com mais perfeição, mais detalhes, mais vida, e mais interatividade.

Ontem ocorreu o evento de revelação do novo console da gigante de softwares de Redmond, e muitas coisas bacanas foram reveladas. Durango, Xbox 720 ou Xbox Infinity, antigos codinomes do próximo console da Microsoft foram por água abaixo. Com o conceito de ser o "mestre" da sua sala de estar ou do seu quarto, nada mais justo que chamá-lo de Xbox One, um aparelho que tem de tudo para redefinir o conceito de videogames, em tempos onde a definição de videogame está cada vez mais abrangente.


Piadas envolvendo videocassetes e plágios com produtos da década de 70~80 à parte, o Xbox One conta com uma bela de um "revamp" nas suas especificações técnicas, podendo rivalizar com muitos computadores top de linha atualmente que são montados por não menos que 2 mil reais. Seu desing mudou bastante, e até mesmo o Kinect, o sensor de movimentos patenteado pela mesma empresa, sofreu grandes alterações, deixando de ser aquele sensor instável e impreciso com várias limitações para se tornar um veterano na área, podendo desde identificar até 6 pessoas simultaneamentes e identificar rotações de membros até monitorar seus batimentos cardíacos à distância e notar seus sentimentos, se você está feliz, triste, entediado, com medo, e tudo mais. Nada escapa dos olhos desse novo aparelho.

O controle dele também sofreu algumas melhoras, fazendo o controle foda de antes ficar ainda melhor. Finalmente um D-Pad analógico, antes exclusivo para controles profissionais caros e edições limitadas, as alavancas de controle não terão folga tão cedo quanto antes, os botões start e select saem para dar espaço a equivalentes e com funções bem melhores, e principalmente, os gatilhos do mesmo terão recuo, dando maior sensação de realismo ao pressionar o gatilho, além de simplesmente ter os motores internos melhorados para dar mais realismo a tudo o que acontece na tela.

E o que ele tem de mais além das melhorias técnicas que todos esperavam? Bem, agora você pode assistir TV na sua TV sem ter que mudar de canal no controle remoto (ooohhh!!!). Um funcionalidade quase inútil, diga-se de passagem, mas que pode ser bem implementada se ela pegar aqui no Brasil com os canais de TV digital ou com as diversas empresas de tv por assinatura. Além disso, a sua aquisição do Skype também vai pesar bastante agora. Para quem não se lembra, antigamente o PS3 e o PSP suportavam o Skype, mas agora com a exclusividade da Microsoft, é claro que ela se gabaria disso com "Olha, você pode assistir um filme e conversar no Skype ao mesmo tempo!" ou com um "Conversar com a sua avó no Skype pela televisão é bem melhor que no computador!" e coisas do tipo. Assim como os usuários de tablets com Windows 8 já sabem, o One também contará com o Snap, tecnologia que faz vários aplicativos rodarem ao mesmo tempo, possibilitando você assistir um filme e checar uma crítica ao mesmo tempo, ou jogar e ver um detonado na internet ao mesmo tempo, ou simplesmente assistir um videoclip e procurar mais músicas do artista ao mesmo tempo.


Ok, vimos tudo que o Xbox One fez várias pessoas (ou pelo menos algumas delas) babarem litros... mas... e os jogos? Nenhum videogame pode ser chamado de videogame sem jogos, certo? Bom, nesse aspecto, tudo que tivemos foram promessas. Promessas de mais exclusivos, de maior suporte das empresas, de mais jogos que usem o Kinect e aproveite tudo o que ele pode fazer, e de que os jogos proporcionarão experiências incríveis, tanto jogando sozinho quanto com amigos ou contra o resto do mundo.

Isso decepcionou, mas a Microsoft já havia falado que isso seria melhor detalhado mesmo apenas na E3, quase 3 semanas a partir de hoje. Entretanto, não foi só isso que o pessoal implicou. Na verdade, foram tantas que, caso você não lesse os primeiros parágrafos desse post, provavelmente passaria reto do One. Conectividade online quase que constante para desfrutar (pelo menos uma vez por dia) de tudo que o console terá a oferecer, taxas para jogar jogos usados, taxas para jogar online assim como acontece com o Xbox 360, não haverá compatibilidade com jogos antigos do Xbox 360 ou do Xbox original, seus jogos que você comprou no 360 como XBLA não serão importados para o novo console, controles do 360 e até mesmo o Kinect original não serão compatíveis com o One, e muitas outras perguntas que ainda não foram respondidas e que estão deixando os gamers loucos. Quanto ele vai custar? E no Brasil? Quanto custarão os jogos? Ainda teremos o suporte de empresas indie (independentes) como agora? Teremos que pagar para assistir Netflix? Ele vai virar sucata se alguém tentar burlar as suas entranhas e tentar pirateá-lo? E cadê a Rare? E aquela patente medonha sobre taxar caso muitos jogadores estejam jogando o mesmo jogo num console ou se muitas pessoas forem assistir um filme? Ele funcionará sem o Kinect parrudão? Ela estará gravando constantemente e enviando o filme para a Microsoft para avaliar o comportamento das cobaias e possivelmente mandar esses vídeos para a polícia caso ele faça algo proibido no país ou cometa algum crime, mesmo se o One estiver desligado, dando origem a diversas teorias da conspiração? A lista continua...


A premissa foi bem clara: o One não quer ser apenas um console picudo. Ele quer ser a única coisa que você precisará ter na sua casa. A Microsoft já cantou a bola disso há muito tempo, mas será que o pessoal vai morder a isca? Hoje em dia, bastante gente tem um Blu-Ray e um computador com Skype instalado, isso se não tiverem um tablet com reconhecimento de voz, algo não tão raro nos dias de hoje. Assim como a Sony ainda terá que provar com seu PS4 e a Nintendo está tentando provar com o seu Wii U, a Microsoft terá que usar bons argumentos, tanto jogos quanto aplicativos e funcionalidades, para fazer o povo deixar de jogar League of Legends ou joguinhos de smartphones para comprar um console da próxima geração, algo que prove que a 8ª geração de games é dezenas de vezes melhor que a geração atual. Algo que apele tanto para o jogador casual que apenas quer dar uma jogada rápida quanto o jogador hardcore que quer jogos imersivos com gráficos ultra realistas, do jogador que gosta de um RPG de história bem-contada até o jogador que compra o jogo apenas pelo multiplayer de Call of Duty. A missão não será nada fácil, especialmente nos primeiros anos de vida do console (assim como aconteceu com os novos portáteis, o 3DS e o Vita), mas valerá a pena assistir quem levará a melhor na largada desta nova geração.

Quem será que levará a melhor? Será que o troféu virá para uma das Big 3 atuais, ou será que o mercado de games para smartphones, smartTVs e de outras plataformas como o Ouya e o Project Shield da Nvidia conseguirá desbancar e forçar os consoles aos limites de sua criação? Será que o PC vencerá a batalha que ele já ganha há décadas, ou será que haverá um conceito que nem mesmo o computador conseguirá desbancar?

E que a batalha comece!
Out.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Accel World poderá ter seus jogos em inglês em breve!


Fã de Reki Kawahara, criador-mestre de Accel World e Sword Art Online? Bom, provavelmente você saiba o quão foda ele é pelas suas light novels que sozinhas fez o gênero se popularizar exponencialmente no mundo inteiro em questão de poucos meses aqui no ocidente graças aos animes e ao hype dos otakus em praticamente todo canto da internet.

Bom, já faz um tempo que os animes acabaram, e por mais que haja boatos de segunda temporada (afinal, material tem de sobra, né!), a poeira já abaixou bastante e só sobrou, na maior parte, os fãs mais ávidos que se aventuram nas light novels e em demais meios, como os jogos para PSP, no caso, os dois de Accel World (Ginyoku no Kakusei e Kasoku no Chouten) e Sword Art Online: Infinity Moment. Enquanto o destino do jogo de SAO seja incerto, uma notícia pode animar os fãs de Accel World. A Viz Media comprou os direitos para a produção de DVDs e Blu-Rays da série nos Estados Unidos, mas o que acabou incluindo os direitos dos jogos também, produzidos pela Banpresto e distribuídos no Japão pela Bandai Namco.

Kawaii ne, Kuroyukihime wa ^^
Os jogos foram lançados no ano passado, e contam a mesma história que o anime e a light novel conta, com algumas poucas modificações no meio e algumas "rotas" no meio do jogo, apesar do último jogo, Kasoku no Chouten, contar também acontecimentos após o arco do Dusk Taker (ou Dusk Robber, como preferir), onde Kuroyukihime tem apenas um semestre para derrotar todos os reis das legiões inimigas, descobrir de uma vez por todas a verdade por trás do Brain Burst e quem exatamente é o criador do jogo. É uma visual novel com elementos de RPG e bem maneira para se aprofundar ainda mais em cenas que não são retratadas na light novel e ter o belo fan-service das personagens que os fãs curtem.

Bom, a Viz Media não tem nenhuma divisão (não direta, pelo menos) para distribuição e/ou tradução do jogo, mas seria fácil demais para ela negociar com a XSeed (Corpse Party, Legend of Heroes, Wild Arms) ou com a Aksys (Guilty Gear, 999, Deathsmiles) uma parceria para uma boa localização dos jogos, mas não é nada garantido... só se sabe que, se sair mesmo (e Kami-sama, espero que sim!), o nome dela vai ter que estar lá, igual o nome da Disney no(s) próximo(s) filme(s) de Star Trek de agora em diante. Não há data para os DVDs e Blu-Rays chegarem aqui no lado menos populoso do mundo, mas se você está de olho, pode já ir reservando a grana, pois nos próximos meses, eles devem magicamente aparecer nas prateleiras da sua loja de preferência ^^

E aí? Anciosos por uma tradução? Ou tá esperando mesmo por SAO traduzido? Quem sabe, num destino nem tão distante, não veremos um patch ou uma localização na PSN hein? Vamos torcer!


Isso é tudo pessoal! Até mais!!
Out.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Conheça mais sobre o próximo Pokémon, e Mind/Zero enquanto esperamos por Persona 5!


O motivo definitivo para se comprar um 3DS americano está chegando. Os fãs de pokémon já levantaram as mãos para o céu agradecendo que o lançamento será no mesmo dia para o mundo inteiro, e mais gente ainda se emocionou após a divulgação de mais um vídeo de gameplay de Pokémon X e Y, que caso você tenha acordado do coma hoje e não sabe, será o próximo jogo da franquia, que incluirá novas regiões, pokémons de gerações novas e vários outros conceitos novos em relação aos últimos jogos.

Eu não sei nem o nome de metade desses pokémons novos, mas caso você não tenha visto ainda (pois o vídeo já conta com 1,2 milhão de exibições, em pouco mais de 24 horas após o seu upload), agora é a hora! O vídeo mostra alguns novos detalhes na nova renderização do jogo, a possibilidade de escolha entre um treinador homem ou mulher, pokémons que você pode montar (e quem sabe voar?), algumas animações de batalha envolvendo os novos pokémons iniciais e outros que estarão presentes no jogo.


O jogo será exclusivo para o 3DS e tem previsão de lançamento para Outubro deste ano, e nem precisa ser nenhum vidente para saber que ambas as versões terão pokémons (e lendários) diferentes (e alguns exclusivos), mas que poderão ser obtidos por meio de troca com outros jogadores por meio de conexão local ou global (finalmente!), além de, claro, poder batalhar e participar de torneios entre treinadores do mundo inteiro.


Não tem 3DS? Não tem problema, pois ainda tem vários jogos bacanas para o novo portátil da Sony. Um dos que mais chama a atenção e que não fazem parte de jogos da própria companhia japonesa ou de suas subsidiárias, é Mind/Zero. É um jogo sem-vergonha se for ver pelas empresas que estão produzindo o jogo, mas pelo estilo dele, tem cara de ser um RPG promissor, algo ideal enquanto esperamos Persona 5 ser lançado.

Mind/Zero conta a história de um grupo de estudantes que devem alternar entre o mundo material e o mundo do Deus dos Espíritos, e para lutar contra tais espíritos que afetam diretamente o mundo real, esses estudantes devem batalhar utilizando os Mind... que não, não batalha usando telecinésia ou coisa do tipo, mas são criaturas invocadas por cada personagem com um relacionamento direto com estes. Cópia fdp de Persona? Imagina...

Interessou? Pois bem, veja o vídeo promocional do jogo abaixo:


Este jogo, desta vez, será exclusivo para o Vita e tem previsão de lançamento para 1º de Agosto deste ano. Até o presente momento, não se houve notícias de uma adaptação para o inglês, mas do jeito que o pessoal gosta de RPGs, não duvido muito que o jogo não saia eventualmente para o ocidente... e se não vier... bom, pelo menos o Vita não tem trava de região! ^^

E é isso aí. Até a próxima!
Out.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Phoenix Wright (finalmente) terá sua estréia para o 3DS americano

Imagens assim são muito bacanas xDD
Exatamente, depois de tanta espera, quem tem um 3DS em casa (ou na mão) terá a chance de se aventurar em mais um jogo da série Gyakuten Saiban, também conhecido aqui no ocidente como Phoenix Wright. Uma das pouquíssimas séries de visual novels que são famosas e que ganham localizações em quase todos os seus jogos, a série põe o jogador nos sapatos de um advogado que deve proteger a todo custo o seu cliente, mesmo que ele aparente ter feito tudo errado e defendê-lo seja uma tarefa impossível.

Assim como quem jogou Harvey Birdman: Attorney at Law, o jogo, além de apresentar uma mecânica interessante de investigação e um grande elenco de personagens únicos e carismáticos, é um jogo com um teor bem refinado de humor, daquele jeito que os japoneses são bem conhecidos. No novo jogo, Dual Destinies, além de animar os fãs pelo visual em 3D dos personagens, o jogo também se aproveitará dos diversos sensores que o 3DS tem para influenciar na jogatina.

E se você está cansado de ler isso e quer ver um pouco do jogo em si, é só clicar no vídeo abaixo:


O jogo será um exclusivo para o 3DS, mas se você esperava uma capa bonitinha e uns breguetes de bônus como na versão limitada japonesa (pô, uma figure do Phoenix!), decepcione-se, pois para o nosso lado do mundo, o jogo será lançado apenas digitalmente pelo 3DS eShop... aliando isso com o fato do portátil ter trava de região, não é de se esperar caso haja alguma notícia futura sobre a figure do Phoenix custando absurdos no eBay... mas fazer o quê, né, é a Capcom que estamos falando, e se isso for colaborar com a qualidade dos próximos jogos da série (ou de outras franquias dela), eu é que não tenho nada pra reclamar... afinal, eu nem tenho um DS mesmo xd

Bom, e esse foi o post de hoje. Curto, mas pelo menos agora terei mais tempo para postar os blogs, e com isso, decreto que o nosso grupo voltou à normalidade. A partir de agora, só teremos notícias cada vez melhores para contar pra vocês! ^^
Out.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Segunda temporada de Kuroko Basket e Chuunibyou à caminho, DESU!


Notícia boa tanto para quem é fã da série de basquete Kuroko no Basket e da série de romance e delusões adolescentes Chuunibyou demo Koi ga Shitai! A primeira terá sua estréia na televisão nipônica em Outubro, e enquanto a data precisa e exata de Chuunibyou ainda seja oculta, pelo menos ela está confirmada, já que o teaser foi um tanto confuso. 

Enquanto o mangá de Kuroko no Basket não vem, o jeito mesmo é esperar que venha coisa boa do anime, que fez bastante fãs (meninas) e deixou um gostinho de quero mais para elas, assim como outras séries focadas neste público. No caso de Chuunibyou, de fato, a light novel original não acaba como o anime acabou, então ainda teremos coisas novas para ver... só espero que façam bem feito, pois quando o anime deixa de ter o humor inicial e passa a ser uma coisa mais séria, é difícil agradar todos os gostos com isso... né, Haganai?


O post é curto mesmo, e daí? Não tenho muita coisa pra falar mesmo, e meu tempo tá ficando mais valioso que tomate nesses dias ><'... mas farei o possível para voltar à normalidade nas próximas semanas, então, aguentem até lá, onegai shimasu!

E é isso aí. A gente se vê na próxima! ^^
Out.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

The World God Only Knows terá sua (merecida) terceira temporada neste inverno!

Ache o Easter Egg
Finalmente (acho que vocês já viram eu começar vários posts com essa palavra, não? xD), The World God Only Knows, também mais conhecido como Kami Nomi zo Shiru Sekai, terá sua terceira temporada, e o melhor, confirmado para a temporada de inverno de animes!

O criador série de light novels e mangá, Tamiki Wakaki, revelou na revista japonesa Shonen Jump que o anime será exibido em meados do mês de Julho, e com o grande crescimento de sites oficiais para radiodifusão de animes (vulgo, sites e demais meios que você pode ver anime sem estar infringindo nenhuma lei, como Crunchyroll e o canal da Funimation), aposte suas fichas que você poderá vê-lo em primeira mão apenas alguns dias após o lançamento na terra so Sol nascente.

Novamente, acompanharemos Katsuragi Keima e Elsie em busca de mais garotas para serem conquistadas a fim de tentar se livrar dos colares que podem, literalmente, explodir as cabeças deles. Como de costume, mais garotas aparecerão para o "Deus conquistador" pegar e liberar os espíritos de dentro de seus corações, mas não só teremos mais tipos de garotas e referências com visual novels e séries de anime, mas também teremos o bom e velho senso de humor e carisma do protagonista de volta, algo que baterá de frente com várias séries de anime humorísticos passando atualmente, além de muitas adaptações de light novels desse gênero em anime ainda neste ano (caso de Watashi ga Motenai no wa dou Kangaetemo Omaera no Warui!, que também será lançado em Julho)... mas até lá, teremos muito chão e animes para aproveitar, não acham? ^^

"Hora de pegar mais umas cocotas."
Gosta da série? Ah, não conhece? Bem, aproveite e veja a nossa análise da primeira temporada do anime, então!

E com isso, eu vou me retirando!
Out.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

TRETA! Lolis podem ser extintas! (... não, não estou zoando)

Você consegue imaginar um mundo... sem lolis?
Pois é, apesar de não ser uma censura no estilo SOPA/ACTA/CISPA, ainda é um tipo de censura de dar medo para os amantes de animês e visual novels em geral. Basicamente, surgiu recentemente alguns projetos de lei no Japão para proteção de pornografia infantil, algo que não é tão desconhecido por lá. Até aí, beleza, mas analisando mais de perto alguns desses parágrafos, nota-se que os documentos também podem (e vão, de maneira gradativa) censurar materiais que mostrem crianças ou qualquer outra pessoa em feições e/ou roupas características de crianças.

Basicamente, empresas como MangaGamer e Jast USA se livram disso falando lá no começo do jogo e nas letras muídas da contra-capa do jogo que todas as personagens retratadas no mesmo são maiores de 18 (ou 21) anos independente de sua aparência... é, isso não vai mais dar certo... pô, quem que vai ser maior de 18~21 anos e ainda estar no primeiro ou segundo ano do ensino médio?... pera, eu deveria apagar isso.

Infelizmente, as coisas só vão daí pra pior se essas leis forem tomadas a sério e forem aprovadas. Basicamente, qualquer cenário de "escolinha" ou com personagens que usam acessórios bonitinhos e infantis poderão ser pegos nessa censura, e isso não é nenhum exagero. Não digo que não dê para se fazer uma boa visual novel tirando esses elementos (como em Hanachirasu, Rose Guns Days e Ever 17), mas se for considerar todas as visual novels que tenham escolas e que o protagonista ou alguma heroína está no ginasial ou no ensino médio, pode colocar aí que uns 90% das visual novels iriam pro brejo... e se for tirar as que têm personagens com aparência infantil, esse número aumenta mais ainda.

É, personagens como a Azif de agora em diante poderão estar em sérios perigos
Claro, isso não impediria do jogo ser produzido e comercializado hoje, ou no mínimo aos jogos que já foram anunciados, mas é uma medida para reduzir a zero os jogos e demais meios de reprodução como animês e mangás com esses elementos em um espaço de poucos anos. Isso, no mínimo, chega a ser frustrante, ainda mais pra quem gosta de personagens do gênero, pelo fato de não podermos controlar nada das leis que transitam por lá (hell, nem aqui no Brasil, praticamente --'), mas algo que eles deveriam se atentar seria o "backfire" de uma lei dessas.

Assim como falei no meu post sobre o declínio da indústria de eroges, ela já não se encontra em bons lençóis atualmente, e meio que já foi comprovado que os jogos que mais dão sucesso atualmente tem toneladas de cenas de sexo e heroínas peitudas (tirando os jogos da Key e Type-Moon, claro, por serem empresas que podem se sustentar com a sua fanbase, mas que ainda assim estão em declínio). Eliminar ou censurar personagens desse tipo deixaria um rombo ainda maior para os cofres das empresas que ainda estão se esforçando para criar um jogo decente e que simplesmente entretenha o jogador em seja lá qual aspecto preferir. Ainda vale lembrar que visual novels não são tão conhecidas atualmente pelo ocidente, então, se as empresas pensam que isso possibilitará que ela aumente suas vendas ao expandir seu mercado para o nosso lado, é melhor refazerem as contas e as expectativas... ou isso, ou fazer uma campanha icônica, investindo muito dinheiro e que dê muito certo... algo quase impossível no cenário atual, diga-se de passagem.

Bom, ainda tem muitas visual novels que eu ainda quero (e vou) jogar com lolis à beça, então não estou me preocupando muito com isso... o que é foda é se a qualidade das futuras visual novels cairem com isso, porque se isso acontecer, fãs de visual novels serão mais vistos como hipsters do que como otakus hardcores. Só podemos torcer para que as coisas não piorem mais do que já estão.

Se quiser deixar a sua opinião sobre o assunto, fique à vontade! ^^

Eu vou indo. Tchau!
Out.